quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma nova eu

Pouco mais de um mês atrás tomei uma decisão que foi muito pensada, mas isso não quer dizer que tenha sido fácil. Sabe aquele momento em que você sabe que tem que fazer algo, mas não tem coragem? Fica pensando nas mil e duas (não é nem uma) consequências que podem se seguir... Fica pensando nos outros e por alguns momentos até se esquece do motivo de estar tomando a decisão: Você mesma.
Para todos demonstrei que estava sendo fácil, mas não. Me senti praticamente uma megera. Não que eu tenha sofrido e todo aquele bla-bla-blá, não. Até porque, realmente não senti nada, pela primeira vez. Esse foi mais um dos motivos que eu acabei deixando tudo como estava e mantendo minha decisão, me colocando, talvez pela primeira vez, em primeiro lugar.
Antes de me decidir, pensei bastante, e por um período não tão curto de tempo. Já faziam semanas que queria comunicar minha decisão mas a coragem sumia, a indecisão e o medo também. Indecisa e medrosa eu sempre fui... Também sempre me deixei de lado. Foi assim que cheguei à conclusão, forma estranha, né? Me dei conta do que estava fazendo comigo mesma por um bom tempo e vi que daquela forma já não podia mais continuar.
Aquela decisão desencadeou MUITAS outras. Tantas que até eu desconhecia, vontades e desejos que eu não sabia que tinha, manias que eu acabei descobrindo assim, do nada. E com a decisão, vieram umas pequenas dificuldades, mas as alegrias superaram tudo e eu me redescobri, e dessa forma, me senti bem, feliz, livre.
Descobri as inúmeras coisas que não conhecia por medo, puro e simples medo. Um potencial que eu não sabia que tinha, e que acabaram quase esfregando na minha cara para eu saber. Responsabilidades que pensei que só teria em uma vida bem mais adulta estão me sendo dadas, e cá pra nós... É incrível! Descobri que embora não seja autossuficiente, posso sim ser feliz sozinha, desse jeito mesmo.
É maravilhoso saber que dentro de nós pode sim haver outra pessoa, que nós mesmos escondemos por um monte de inseguranças. Embora talvez não dê sempre tudo tão certo, a gente nunca sabe, e aprendi também a arriscar. A ser sincera comigo e com os outros, mesmo que isso seja um tanto difícil.
Descobri também que é mais fácil ser feliz do que realmente parece.

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