domingo, 13 de março de 2011

12.03.2011 - Um sábado horrível.

Sempre soube que, em caso de emergência, devo ligar para a polícia ou para o Samu. Ontem, perdi a segurança que qualquer um dos dois pudesse atender a um apelo desesperado que tiveram as pessoas que estava à minha volta em um momento nada agradável. Estávamos, mãe, Júlia e eu na inauguração do espaço PlayCenter, em Cruz Alta, para que as crianças finalmente tivessem um lugar seguro para brincar, quando comecei a me sentir mal. Disse para minha mãe que não estava bem, e fui abraçá-la, pois, em segundos, já estava fraca. A última lembrança que tenho daquele momento é de ela ter dito pra eu respirar fundo e eu não ter conseguido. Tive a impressão de que estava sonhando, mesmo, e era um sonho muito "colorido", mas isso não vem ao caso. Recordo de ter acordado e não conseguir falar, ainda respirando muito mal, e ver minha mãe e outra senhora desesperadas quase em cima de mim dizendo: -Reage Bianca, Reage! Acreditem, não tinha noção do que estava acontecendo no momento, e , pelo fato de não conseguir falar, devo ter assustado ainda mais elas. Tentei me acalmar, o que, por incrível que pareça funcionou, e então perguntei a minha mãe o que estava acontecendo. Nesse instante, um senhor veio por trás de mim e começou a apertar minha cabeça contra meus joelhos e dizer para que eu forçasse a nuca para trás. Os primeiros socorros foram dignos de aplausos, apesar de eu não entender, momentaneamente, o que havia acontecido. O homem que me socorreu, pediu para que o filho dele fosse até a frente do PlayCenter e chamasse a Brigada Militar, que estava naquele local. Ele correu, e voltou desesperado dizendo que não havia ninguém. Então, num acesso de desespero, minha mãe ligou para o Samu. Eu só ouvia ela dizendo: -Por favor, Cruz Alta, Pinheiro  Machado, Playcenter, é uma emergência, minha filha não está bem! No momento de desespero, eu comecei a entender que eu realmente não estava bem, e, ao mesmo tempo, vejo minha mãe desligando o celular, pois a moça que atendera o chamado não entendia o endereço, e queria que ela se acalmasse para falar direito. Enfim, minha mãe, o senhor que me socorreu e o filho dele, me levaram até o carro, no colo, pois nem caminhar mais eu conseguia. Ao chegar no P.A.M. eu fui atendida rapidamente, verificaram minha pressão e meus batimentos cardíacos. Aquele momento eu já estava bem e minha mãe me contava o acontecido: -Tu disse que não conseguia respirar e começou a cair, eu não consegui te segurar (peso muito mais que ela), tu bateu a cabeça no chão, não fechou os olhos e começou a se torcer, foi horrível! O pânico tomou conta de mim, não sabia o que estava acontecendo, só conseguia agradecer por estar melhor. Fiz um soro na veia, e o médico falou em um termo técnico o que eu tinha, para que eu não entendesse. Quando estava melhor, ele explicou, que tive um início de convulsão, e, graças ao socorro que tive, não aconteceu nada grave.
Deixo aqui, a minha revolta com os Policiais da BM de Cruz Alta e ao SAMU, que não cumpriram com suas obrigações para com a sociedade.
E o meu agradecimento, a todos que me socorreram naquele momento, principalmente à minha mãe, ao senhor e ao seu filho, que não mediram esforços para me ver bem.

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