segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Bem vindo, 2016!

Olá. Já fazem alguns vários minutos que estou sentada em frente ao computador com essa tela em branco, sem saber o que escrever. Como sempre fui um turbilhão de pensamentos, as coisas parecem se tornar cada vez mais complicadas de se compreender. 
Não vou iniciar esse texto dizendo que esse ano tem tudo para ser o melhor da minha vida, muito menos o pior. Começo esse texto agradecendo a Deus por mais um ano e pela nova oportunidade que me foi ofertada: a de escrever uma nova história.
2015 foi um ano mágico, porém cheio de dificuldades. Mas, que graça teria a vida se fosse tudo fácil? Foram tantas reviravoltas que eu me surpreendo de ter chegado até aqui. Foram dias alegres intercalados com dias de tristeza profunda. Em 2015 eu aprendi a lidar com a ausência da minha família, que teve que voltar para Cruz Alta cuidar da minha avó, que infelizmente veio a falecer. Aprendi também que a história de que poucos são os verdadeiros é a mais real possível, já que tive pouquíssimas pessoas ao meu lado. Descobri que tenho o melhor namorado do mundo, porque sem ele eu não teria seguido em frente nesses tempos difíceis. Com o Luis Eduardo, ganhei uma nova família. Adotei os pais dele como meus segundos, e agradeço a Deus por essa união. 
Passei por altos e baixos e posso dizer hoje que eu realmente "passei" por eles. Me afastei de muitas pessoas e me aproximei também de várias. Viajei pra outro Estado, conheci novos lugares, decidi que quero morar em um deles, segui bem na faculdade, fui aprovada com média 10 em tudo. Melhorei significativamente no pessoal e também no profissional. Tirei férias, me mudei. Eu mudei.
Não tenho muitos fatos a destacar sobre esse ano, porque creio que todos eles foram reais destaques na minha vida. Não quero mostrar a todos o quanto foi tudo diferente. Quero mostrar o quanto EU estou diferente. E é isso, feliz 2016, seja bem vindo. Se prepare, vou surpreender você! ;)

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Não sei (d)escrever....

Se eu tivesse que escrever para você, ficaria confusa ao definir o tema certo. Falar sobre o que incomoda ou magoa é bem mais fácil. Explicar as coisas que fazem bem para o coração não se torna difícil, mas arriscado, afinal, tudo o que é bom e muito divulgado, atrai o olhar de invejosos. As coisas puras como um sorriso sincero ao acordar e olhar um no olho do outro fazem com que o coração se inunde de alegria, essa que não se mede no castanho daqueles olhos grandes. Felicidade aquela que só pode ser descrita ao ver o sorriso "metálico" que se abre pra dizer bom dia, e que faz com que o corpo inteiro fique estremecido. Amor que só pode ser definido quando o simples ruído da respiração faz com que a mente se tranquilize. É difícil dizer quantas vezes por dia paro e penso o quanto sou sortuda, que compreendo que Deus existe sim e que me achou merecedora de tanto amor. Complicado explicar que aguardo ansiosamente a semana passar para poder chegar em casa e pular nos teus braços, que sempre cheios de carinho vão me receber com aconchego. Indescritível poder definir como é tudo o que eu sinto por você - quem sabe por isso é difícil falar quando se trata de nós - pois é tudo tão grande. Imensurável o quanto a saudade aumenta a cada segundo que passamos longe, e o quanto o sentimento aperta quando sei que vou ficar um pouco mais sem te ver.
Essa foto não estava em lugar nenhum... Esse texto, também não <3 
A confiança, o carinho, o amor, a paz que tu me traz, a coragem que me dá para enfrentar os desafios, a força quando estou pra baixo, o impulso quando tenho medo de agir. Quando alguém usa aquela frase clichê "Faço de mim casa de sentimentos bons" posso dizer que tu fez de mim a casa de sentimentos bons. A reciprocidade disso tudo é algo que nunca pensei que teria capacidade.
Eu não sei muito bem como falar... Só posso dizer que esse amor é algo que eu não esperava, não imaginava, mas que pedia a Deus. Do teu jeito tranquilo, sorridente e brincalhão tu chegou e conquistou todo um coração. Tu veio e fez com que todos nós te amássemos de uma forma diferente, te contando como parte da família mesmo antes de ser. Acho que todo mundo é um pouco vidente - já sabíamos como seria.
Hoje não é nenhuma data especial, apesar de comemorarmos nosso aniversário oficial de namoro em 3 dias, mas queria poder dizer algumas coisas que enxeram meu peito nos últimos minutos. Em todas elas, inundei de amor por ti.

"A minha saudade tem rosto (bem fofinho), nome (e apelido!) e sobrenome (que um dia quero que seja meu também). Saudade tem cheiro (que tá comigo), tem gosto (por isso te mordo). Saudade é a vontade que não passa, é a ausência que incomoda."

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Empatias?

As pessoas forçam amizades e simpatias com pessoas que elas não se importam, para poder demonstrar simpatia para outros que não lhe fazem diferença, ressaltando a importância de manter um grande grupo de amigos que não muda em nada sua vida. Seres humanos são complicados, né?
Dizem que evoluímos, mas será que isso é real? Embora a evolução não seja sempre algo bom, não consigo compreender essa denominação para pessoas egoístas, fúteis e aproveitadoras. Aproveitadoras, sim, e sabe porque? Quando você não gosta de alguém e tenta forçar uma amizade ou simpatia, é para obter algo, seja o carinho de terceiros ou o que quer que seja que essa pessoa pode lhe oferecer. Amizade é algo que tem que ser puro, natural, sincero, não forçado. Tudo o que é forçado não faz bem, não traz nada de real, e porque essa busca incessante pelo irreal?
Não consigo compreender a necessidade de fingir se importar com pessoas que não te fazem diferença. Não entendo aqueles que querem conviver com outros os quais lhe desejam o mal.
Ou eu sou muito evoluída, ou fui eu quem parou no tempo e não compreendeu que é assim que se sobrevive...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sobre a felicidade e a inveja


Desde pequena eu sempre me importei muito com expressões de sentimentos: Felicidades, tristezas, realizações, amor, ódio, gratidão, mágoa, bem estar e mal estar também. Não sei qual o mal que há em ser uma pessoa de extremos, sem conseguir fingir algo, mas parece que não é bem assim que as coisas devem funcionar. Não é fácil, sabe? Não poder ser quem você é.

Há pouco tempo aprendi a "me aceitar" e apostar mais nas minhas qualidades. Ao mesmo tempo em que aprendi isso e comecei a valorizar mais as minhas ações, também observei a tristeza de algumas pessoas perante o meu "sucesso", perante as minhas realizações pessoais. Notei que essas pessoas faziam parte do meu cotidiano e que infelizmente eu não poderia excluí-las de forma alguma. Comecei a me fechar e não demonstrar tanta felicidade. Notei a realização daqueles que me rodeavam em ver a minha "tristeza", em me ver sempre reclamando de algo. Acabei me tornando uma pessoa reclamona ao natural, não forçando apenas para que parassem de agourar meu destino. Me senti mal com isso e tentei encontrar um meio-termo entre a felicidade e o que faz os outros serem felizes. Encontrei, mas ainda assim não sou eu.
Aprendi a ser quem sou desde que nasci, depois tive que desaprender, e reaprender não é tarefa fácil. A felicidade na minha vida tem sido tão constante que aprendi a escrever sobre ela, a demonstrá-la a quem fica feliz por isso. Aos que não se importam ou desejam o meu mal, eu só peço que Deus os perdoe. Há tantas pessoas que não compreendem a importância de amar ao próximo como a ti mesmo, sendo esse um lindo mandamento escrito pelo Pai lá de cima. Essas mesmas pessoas dizem tanto seguir "fielmente sua palavra", sendo pessoas usadas por Deus... Mas isso apenas acontece frente àqueles as quais querem impressionar. Não importa o quanto você finja e engane, acima de tudo, Deus sabe quem você é, e você também sabe quem é, não adianta se enganar. Me fartei de ter que esconder felicidade, mas descobri que é mais fácil assim, que se torna mais tranquilo amar, sorrir, comemorar, quando é quase sempre em silêncio. Seja feliz quietinho (a) e a felicidade será mais genuína. Só compartilhe com aqueles que se importam com ela ou trazem a alegria da vida para o seu lado, eles realmente valem à pena. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Um pouco do coração

Sabe quando você sente uma necessidade assustadora de escrever, mas não sabe como vai descrever algo que foge por completo do seu entendimento? Não? Pois é, até agora eu também não sabia.
Os últimos dias, apesar de um pouco conturbados, tem sido bons. Conturbados não em questões de trabalho ou faculdade, mas em questões de sentimento. Confusos porque não sei o que penso, o que sinto, sei um pouco do que quero mas não tenho certeza. Na verdade eu até tenho certeza.... Quer dizer... Porque tão difícil? Porque algumas coisas são tão fáceis e outras são tão difíceis? Porque as pessoas dificultam as coisas que podem ser tão simples?
Quem me conhece sabe muito bem que pra falar sobre o que eu sinto, é até fácil demais. Tem algumas pessoas que eu confio tanto que acho que me compreendem melhor do que eu mesma... Que tem consigo a possibilidade de esclarecer o que eu sinto às vezes. Já outras vezes, nem essas pessoas conseguem me entender, embora raras vezes, isso acontece. Só que dessa vez eu não quis falar pra ninguém, eu não quis deixar ninguém me ajudar a compreender, eu me fechei no meu mundo porque pela primeira vez, eu precisava fazer isso sozinha. Mas não adiantou. Aliás, adiantou porque agora eu até sei o que eu quero, o que eu to sentindo e o que eu penso a respeito disso tudo, mas a resposta que eu tive não foi boa, e foi isso que doeu.
Eu me foquei tanto em ter uma nova vida, entre aspas porque estou seguindo minha vida normalmente.. Mas decidi tanto que seria tudo diferente, tudo seguiria da melhor forma possível e eu seria completamente feliz, que não me dei conta que existe todo um mundo ao meu redor e que não é sempre que ele conspira ao meu favor. Eu consegui ir bem durante o semestre na faculdade, consegui um emprego melhor e que eu amo de paixão, daqueles que tu tens vontade de não sair mais, sabe? Que tu praticamente procura serviço na sexta de tardinha só para ter o que vir fazer no sábado. Aquele emprego que tu não foi escalada pra trabalhar na cobertura das eleições e mesmo assim tu vai vir pra fazer companhia pros teus colegas porque é algo que te faz bem.
Nesse ponto todo eu consegui ir em frente e ser feliz... Mas também tem o coração, que pra variar quis me dar uma zoadinha de leve, e pensou, fez, sentiu e quis tudo o que não deveria. Eu sempre disse que o que faço não me arrependo e continua sendo assim. Até porque todas as decisões tomadas devem ser sempre pensadas e repensadas, e eu tenho feito isso com alguma cautela. Mas nas questões do coração às vezes a emoção te leva mais rápido que a razão e tu acaba falando mais do que deveria. Tu acaba querendo as coisas em um ritmo que não pode ter, porque tu está num ritmo acelerado demais perto do que deveria. E isso acaba te doendo, porque quando se trata do coração, nunca é um só. E se os dois não estão na mesma sintonia, não adianta, acaba dando errado. Quando consegui me dar conta que estava dando errado, foi quando cansei, quando vi que não tava adiantando eu ser mais do que eu mesma, não tava adiantando eu ser alguém que eu até então também desconhecia, uma pessoa mais querida, ao mesmo tempo realista e sincera. Eu me tornei uma pessoa relativamente melhor por conta de tudo o que estava acontecendo dentro de mim, mas acabou não sendo o suficiente. Mas pro coração, em algum momento, as coisas são suficientes? Em algum momento se consegue ter a plena certeza de algo? Em algum momento se consegue não ter medo de machucar tanto a si quanto o outro?
Não é que seja um novo sentimento, não é nada disso. Mas é tão difícil quando tu tem medo de errar em algo, e por esse medo, tu erra. Quando tu quer tanto algo, pede tanto, sonha tanto e espera tanto, e repentinamente acontece tudo completamente ao contrário do que tu queria. É tão dolorido, sabe?
E sabe o que é pior ainda? Perder todo o controle, não saber explicar o que sente, não saber explicar o que quer, e quando tentar fazer isso, fazer de uma forma que acaba piorando (ainda mais) toda a situação, e afastando exatamente quem o coração quer por perto, quem ele quer ao lado, quem ele tá chamando. Mas ainda pior, é escrever um monte, sentir um monte, pensar um monte, e ainda assim, não poder resolver nada. Impotência é o pior sentimento que existe, e ele se instalou em mim, não sei o que fazer pra ele sumir.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma nova eu

Pouco mais de um mês atrás tomei uma decisão que foi muito pensada, mas isso não quer dizer que tenha sido fácil. Sabe aquele momento em que você sabe que tem que fazer algo, mas não tem coragem? Fica pensando nas mil e duas (não é nem uma) consequências que podem se seguir... Fica pensando nos outros e por alguns momentos até se esquece do motivo de estar tomando a decisão: Você mesma.
Para todos demonstrei que estava sendo fácil, mas não. Me senti praticamente uma megera. Não que eu tenha sofrido e todo aquele bla-bla-blá, não. Até porque, realmente não senti nada, pela primeira vez. Esse foi mais um dos motivos que eu acabei deixando tudo como estava e mantendo minha decisão, me colocando, talvez pela primeira vez, em primeiro lugar.
Antes de me decidir, pensei bastante, e por um período não tão curto de tempo. Já faziam semanas que queria comunicar minha decisão mas a coragem sumia, a indecisão e o medo também. Indecisa e medrosa eu sempre fui... Também sempre me deixei de lado. Foi assim que cheguei à conclusão, forma estranha, né? Me dei conta do que estava fazendo comigo mesma por um bom tempo e vi que daquela forma já não podia mais continuar.
Aquela decisão desencadeou MUITAS outras. Tantas que até eu desconhecia, vontades e desejos que eu não sabia que tinha, manias que eu acabei descobrindo assim, do nada. E com a decisão, vieram umas pequenas dificuldades, mas as alegrias superaram tudo e eu me redescobri, e dessa forma, me senti bem, feliz, livre.
Descobri as inúmeras coisas que não conhecia por medo, puro e simples medo. Um potencial que eu não sabia que tinha, e que acabaram quase esfregando na minha cara para eu saber. Responsabilidades que pensei que só teria em uma vida bem mais adulta estão me sendo dadas, e cá pra nós... É incrível! Descobri que embora não seja autossuficiente, posso sim ser feliz sozinha, desse jeito mesmo.
É maravilhoso saber que dentro de nós pode sim haver outra pessoa, que nós mesmos escondemos por um monte de inseguranças. Embora talvez não dê sempre tudo tão certo, a gente nunca sabe, e aprendi também a arriscar. A ser sincera comigo e com os outros, mesmo que isso seja um tanto difícil.
Descobri também que é mais fácil ser feliz do que realmente parece.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Vida leva eu...

Existem coisas que para nós, são ditadas como básicas da sobrevivência, entre elas, não ficar sozinho, se socializar e ter amigos. Embora eu sempre tenha sido super sociável, gostar de falar (até demais), e me importar com os outros, eu não tenho tantos amigos assim, não sei se por algum problema meu ou apenas medo de confiar em muitas pessoas e acabar me arrependendo. Tenho poucos, mas ótimos amigos, que posso contar a todo momento e sei que lá estarão para o que eu precisar. Outra coisa praticamente vital está em nunca ficar sozinho... As pessoas passam uma vida toda procurando alguém para amar, como se isso fosse uma condição básica de sobrevivência, e isso é tão imposto, que acabamos tornando quase que como um objetivo de vida... Mas e quando a gente vê que esse objetivo, na realidade, não é necessário?
Sempre procurei alguém, sempre procurei estar próxima a alguém e ter quem me "amasse". Fui querida, delicada, amável, demonstrando todo o sentimento possível, até me dar conta que eu não precisava disso, que eu não sou autossuficiente, mas também não preciso sempre ter alguém ao meu lado. Demorei os belos 20 anos da minha vida até entender isso. Até parar de tentar controlar cada atitude e momento para o bem. E quando me dei conta que essas coisas não eram tão necessárias, deixei o vento levar e a vida tem me levado à momentos inesquecíveis.
Tenho deixado tudo ser como deve ser, ou ao menos eu acho que é assim, sabe? Deixando as coisas acontecerem, deixando o destino fazer, finalmente, o seu trabalho. Os problemas com expectativas que sempre tive, foram pelo ralo depois de um longo banho quente, onde decidi deixar que os ventos soprassem do jeito que desejassem. As lágrimas de um passado não tão distante desceram juntos, e meu coração decidiu que a partir dali, elas não existiriam mais. Deixei momentos de lado, lembranças pra trás, sentimentos que há muito já não existiam, apareceram para se despedir. E então, veio a solidão...
Mas e quem disse que a solidão não é boa? A solidão pode ser algo até egoísta, sabe? Podemos estar sós e ser felizes, sem nos importar se fazemos alguém feliz, ou não. Embora muitos sentimentos tenham partido, a minha mania de querer fazer as pessoas felizes não... Ela apenas foi redirecionada.
Prometi à mim mesma não mais chorar, não mais sofrer, não mais doar. Doar sentimentos que eu queria ter, mas não os tinha mais. Existe uma importância incrível em fazer os outros felizes, mas por vezes, esquecemos que o primordial da vida, é viver, certo? Aí decidimos fazer outra pessoa feliz e nos deixamos de lado, deixamos de nos amar, para nos dedicar ao outro. Não que isso seja errado, mas há dosagens corretas para tudo, temos de amar o próximo, mas também a nós mesmos, esse é um grande mandamento que se aplica também à vida, independendo a religião pessoal.
Ao me dar conta disso, percebi o quão abandonada eu andava, o quão sozinha... Não de presenças alheias, mas da minha. O quanto eu deixei de me importar com a minha felicidade, escolhas, amizades. O quão sozinha eu fiquei quando decidi realmente ficar. Incrível como a solidão é um momento de reflexão.
A procura pelos velhos amigos, fazendo-os tornar-se novos outra vez. A procura dos velhos olhos e sorrisos que sempre estavam ao meu lado. A interminável procura pelo meu ser, há muito abandonado num canto obscuro do coração.
Mas, tudo vale à pena, a vida vale à pena, a alegria também, e sim, por incrível que pareça, a solidão vale MUITO à pena. Ela nos faz enxergar diversas coisas, tanto boas, quanto ruins. Mas, principalmente, ela nos faz enxergar a nós mesmos. Depois dessa conclusão de auto procura, pode-se encontrar outros amigos, amores e sorrisos. Depois disso tudo, finalmente, pode deixar a vida levar, pra onde ela quiser, se for necessário, como a música, seguir a direção, de uma estrela qualquer.
Só sei que agora sim, sou feliz e agradeço por tudo o que Deus me deu.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Desde a derrota vergonhosa da última terça feira, 8, para a Alemanha, praticamente apanhando de 7 a 1 (com um gol chamado de honra, como se a vergonha já não estivesse presente), todos os brasileiros, antes manifestantes, apareceram novamente. Incrível, não?
Aqueles que manifestaram em junho do ano passado, que gritaram aos quatro cantos do país que NÃO QUERIAM A COPA, haviam sumido. Mas como assim sumido? Sim, eles sumiram das manifestações e milagrosamente apareceram dentro dos estádios, gritando em alto e bom som “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Sabe quando eles reapareceram? Por volta das 19 horas do dia 8, conhecido como o dia da vergonha do Brasil.
Aí todos voltaram a odiar a corrupção, reclamar do desabamento do viaduto (aquele, do mesmo dia em que o menino Neymar se machucou), comentar sobre os desvios de verbas e... Pasmem! Nas redes sociais o que mais se lia: “se era pra ser assim, que construísse hospitais mesmo”. Espera aí... Se o Brasil, o time, ganhasse, não teria problema o fato de não termos hospitais, e aqueles que temos estarem em condições precárias? Como é que funciona isso?
Ao que se pôde entender, foi que se o time ganhasse, e ganhasse a “Copa das Copas”, todas as pessoas doentes, em situação terminal, se recuperariam magicamente e não precisaríamos de hospitais?

O brasileiro não pode dizer estar com vergonha do país porque o time perdeu um jogo (embora tenha sido vergonhoso mesmo, ridículo, absurdo, ahhh!). O brasileiro tem que se envergonhar quando diz que está de luto pela lesão do Neymar, e esquece dos alagamentos em um canto do país, e da seca em outro. Quando esquece que pessoas foram esmagadas, assim, igualzinho quando a gente pisa em formigas, em um viaduto que foi superfaturado. Disso sim temos que ter vergonha, e não da derrota em um jogo de futebol.

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Só pra explicar.. A partir de hoje começarei a postar alguns textos que escrevo. Sim, eu sei que eu sempre publiquei os textos que escrevo, mas é em um contexto diferente. Estou trabalhando em um jornal e agora escrevo mais, não apenas sobre o que sinto, mas sobre coisas que estão no dia-a-dia.


Tem alguma sugestão de texto? Comente abaixo ou envie para: biancagreff@gmail.com

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

about my dreams

Quem me conhece, há muito ou pouco tempo, sabe muito bem que não sou uma grande sonhadora, que apenas espero que as coisas deem ao menos um pouco certo da minha vida. Mas eu sempre tive um sonho: cursar jornalismo. Quem lê o blog sabe que em 2011, no primeiro vestibular da minha vida, passei para jornalismo em 2º lugar. Foi uma grande realização,  mas por inúmeras questões, acabei não fazendo a faculdade. No início de 2012 me mudei para o Salto do Jacuí e meio que desisti de tudo. Aí fui chamada na UERGS para cursar Agroindústria, mas escondi isso de tudo e todos pois não queria de forma alguma. Ainda em 2012 passei em uma prova para o Técnico em Segurança do Trabalho e decidi que ia fazer isso então. Iniciei 2013 cursando o técnico e, 4 aulas depois, fui chamada pra fazer Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Alimentos na UERGS. Não pensei duas vezes e fui. Foi uma grande realização para meus pais e eles fizeram de tudo para que eu pudesse ir pra lá.
          

Mas havia um problema: Eu detestava o curso. Nunca fui bem em matemática, química, física... Mesmo assim, passei o primeiro semestre sem problemas, super tranquila. Foi aí que, nas férias, em um dia super tranquilo, recebi uma mensagem da UPF me avisando que eu havia conseguido bolsa parcial em jornalismo pelo prouni. Praticamente enlouqueci, procurei documentos, me informei sobre apartamentos, emprego e tudo mais, até que minha ficha caiu. Além de ter de morar sozinha em Passo Fundo, eu não conseguiria reunir todos os documentos necessários em menos de dois dias, e eu só tinha mais um para entregá-los. Vi que apesar de ser uma chance excelente, ainda não era minha hora. Foi dolorido, mas eu esperei por mais uma chance. Cursei o 2º semestre sem vontade alguma e, acabei entrando em recuperação em física e química. Química eu tirei de letra, pois a professora sempre foi excelente e atenciosa, já física... Bem, isso não vem ao caso. O fato é que repeti em física e aquilo pra mim foi a gota d'água. Alguns dias depois, minha nota do ENEM saiu e eu tinha tirado 780 na redação, o que pra mim foi algo incrível. Me inscrevi pra Jornalismo na Unicruz, e mais uma vez, vi meu sonho escorregar pelas minhas mãos, não havia conseguido a bolsa. Entrei em desespero, chorei e foi horrível... Estava já me conformando que não conseguiria realizar meu único sonho quando me dei conta que havia ainda uma segunda chamada, mas desisti de criar esperanças. Quando o resultado saiu, eu só sabia chorar...
Foi maravilhoso ler isto, contei aos meus pais e as nossas lágrimas se uniram. Aí começou a correria com documentos e tudo o mais, e após isso a espera. Que dor espera interminável para saber se eu havia sido aprovada pela comissão do prouni... E eu fui. E então começou o meu sonho, a minha tão esperada faculdade de jornalismo. Acho que eu nunca desejei tanto algo na minha vida, de verdade... Para alguns pode parecer exagero, frescura, mas só eu sei o que meu coração carrega dentro dele, e finalmente estou realizando a minha maior vontade...
Podem ter certeza que lerão muito sobre essa conquista daqui pra frente...
Beijos e mais beijos da futura jornalista! :*

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Muito eu pra pouca Bianca

Eu não tenho mais desculpas para não vir aqui. Eu sempre dizia que era por causa da escola, do trabalho ou da tendinite, mas agora eu já não sei mais o que dizer. Acho que eu não venho apenas por falta de vontade. Não sei o que escrever, sobre o que, ou para que. Não vejo mais motivos. Eu sempre disse que escrevo melhor quando estou triste ou magoada com algo. E não, isso não tem acontecido. Minha vida tem sido maravilhosa, sim, minha vida tá perfeita, do jeito que eu sempre quis. E eu tenho tanto medo de mostrar isso ao mundo e a maldita inveja aparecer e estragar tudo. Mas é que tá tão perfeito, que não sei se esse sentimento dos fracos conseguiria me atingir. Eu estou cheia de "eus", sabe? Não penso mais tanto nos outros, penso em mim, afinal, as minhas decisões também afetam os outros, certo? Pois é, mas isso significa que eu ainda penso nos outros então? Não. Pra mim tanto faz se a minha opinião, o meu sentimento ou o meu agir vão atingir ou magoar alguns outros, afinal, tanto faz, ninguém se preocupava comigo antes, ou como quer que seja que suas atitudes ou pensamentos alheios iriam me atingir. Sempre foi assim, e agora parece que eu aprendi, finalmente, a ser assim também. E sabe que isso alivia? Sim! Alivia demais! É bom pensar mais em mim, refletir mais o que eu posso ser, e sobre o que eu sou. E com isso eu cresci muito. E eu venho crescendo demais!
Estou cheia de "mim", cheia de "eus", mas isso tem sido maravilhoso!